Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
Portal da Ciência
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
Portal da CiênciaPortal da Ciência
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
MCTI

As consequências da mudança climática já são uma realidade na Amazônia

18 de novembro de 2025
Compartilhar

A Amazônia está vulnerável diante das mudanças climáticas, e as consequências do desmatamento na floresta já estão visíveis e chegando a um ponto não recuperável. A medição anual do Rio Negro, o maior afluente do Rio Amazonas, tem registrado a maior seca da história em 121 anos, um padrão que se repete no bioma amazônico com períodos de estiagem cada vez mais longos. O alerta foi dado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Philip Fearnside, durante palestra na Casa da Ciência, em Belém (PA), na segunda-feira (18).

Em sua apresentação na sede simbólica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), o especialista afirmou que, com temperaturas elevadas e escassez de chuvas, “nenhuma floresta tropical aguenta”. Segundo ele, baseado em pesquisas, o cenário mais crítico é o risco de a Amazônia entrar em colapso e atingir um ponto de não retorno em seu ecossistema no ano de 2050.

A floresta pode suportar um desmatamento de até 20% a 25% e conseguir se regenerar. Porém, a Amazônia já atingiu este patamar, especialmente no lado Leste. O pesquisador também alertou que os incêndios podem ser tão devastadores quanto o desmatamento, pois, com as temperaturas elevadas e a grande estiagem, o solo pode não conseguir se recuperar dos danos causados pela mudança climática.

Durante a palestra, o especialista ressaltou o perigo da mudança climática, desmatamento e incêndios combinados com a invasão biológica de espécies como o bambu do gênero Guadua. Essa planta se aproveita das alterações climáticas e se infiltra no ecossistema matando as árvores nativas. “O grande problema é que, quando há incêndios, ela se propaga como cipó. Ela forma grandes acúmulos que quebram os galhos e matam a árvore.”

O alerta de Fearnside se estende a todo o País, o pesquisador aponta que, se nada for feito pela preservação do bioma, a população pode sofrer com índices alarmante de altas temperaturas e mortalidade em massa em diversas regiões do Brasil devido ao calor extremo. Ele citou estudos que indicam a possibilidade de uma instabilidade crítica no clima e na vida dos brasileiros em 50 anos, caso as condições do bioma da Amazônia não se estabilize.

Casa da Ciência

A Casa da Ciência do MCTI, no Museu Paraense Emílio Goeldi, é um espaço de divulgação científica, com foco em soluções climáticas e sustentabilidade, além de ser um ponto de encontro de pesquisadores, gestores públicos, estudantes e sociedade. Até o dia 21, ela será a sede simbólica do ministério e terá exposições, rodas de conversa, oficinas, lançamentos e atividades interativas voltadas ao público geral. Veja a programação completa.

Assuntos MCTI
Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Love0
Angry0
Wink0
Happy0
Dead0

Você pode gostar também

MCTI

MCTI avança na construção da Bolsa Conhecimento Brasil, que será apresentada no Fórum do Confap

19 de novembro de 2025
MCTI

Projeto Entre Ciências lança edital para apoiar arranjos comunitários de pesquisa

19 de novembro de 2025
MCTI

Papel da biodiversidade no avanço da bioeconomia é pauta de mesa redonda na Casa da Ciência

19 de novembro de 2025
MCTI

Brasil pode enfrentar aumento de até 6°C até 2100, afirma especialista em palestra na Casa da Ciência

19 de novembro de 2025
MCTI

Inscrições para Prêmio Nacional de Inovação terminam na sexta-feira (21)

18 de novembro de 2025
MCTI

Estudiosos debatem soluções baseadas na natureza para adaptação climática na Casa da Ciência do MCTI

18 de novembro de 2025
Portal da CiênciaPortal da Ciência