A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta sexta-feira (28), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do encontro Ciência & Tecnologia para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas. A atividade reuniu pesquisadores, universidades, gestores públicos, representantes do setor produtivo e lideranças regionais para discutir estratégias de inovação, soberania tecnológica e desenvolvimento sustentável.
O encontro ocorreu no auditório da Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp) e reforçou o papel da Região Metropolitana de Campinas (RMC) como um dos principais polos científicos e tecnológicos do Brasil, que abriga o Sirius, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia de Materiais (CNPEM), o CTI Renato Archer, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a Unicamp e uma ampla rede de parques tecnológicos e startups.
A ministra Luciana Santos ressaltou que a ciência voltou a ser prioridade do Governo do Brasil. “Os investimentos em ciência e tecnologia já alcançaram recordes históricos desde o início da nossa gestão. Em 2023, o orçamento do FNDCT chegou a quase R$ 10 bilhões; em 2024, alcançou R$ 12,7 bilhões; e, em 2025, será de R$ 14,6 bilhões. Apenas o valor deste ano se aproxima da soma de todos os recursos destinados ao fundo durante os quatro anos anteriores, que totalizaram R$ 15,14 bilhões. Isso demonstra o compromisso do governo Lula com a reconstrução da política científica brasileira”, afirmou.
O encontro reafirmou a importância da integração entre governo, universidades e setor produtivo na construção de um projeto nacional de desenvolvimento baseado em ciência, tecnologia, inovação e redução de desigualdades.
Para a ministra, ciência e tecnologia são eixos centrais do desenvolvimento nacional. “Nenhum grande desafio, da mudança climática ao combate à fome, se resolve sem ciência. Popularizar o conhecimento, expandir investimentos e formar talentos é essencial para que o Brasil produza tecnologia e não dependa de soluções externas”, enfatizou a ministra no evento organizado pelo vereador Gustavo Petta em parceria com o deputado federal Orlando Silva.
O reitor da Unicamp, Paulo César Montanheiro, reforçou o compromisso da universidade com a região. “A Região Metropolitana de Campinas se tornou um dos principais polos científicos, tecnológicos e industriais da América Latina, e isso é fruto de décadas de investimento contínuo em conhecimento, formação especializada e inovação. Desde 1966, a Unicamp nasceu com a missão de impulsionar o desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social do nosso estado e continua desempenhando um papel protagonista nessa trajetória, sempre integrada ao território e comprometida com o futuro da região”, declarou .
O vereador Gustavo Petta destacou a relevância histórica da região para a ciência nacional e o impacto dos investimentos recentes. “A RMC abriga um dos maiores ecossistemas de pesquisa e inovação do País. Com universidades, laboratórios e empresas de alta tecnologia, Campinas se consolidou como motor estratégico do desenvolvimento científico brasileiro”, afirmou.
O deputado Orlando Silva, por sua vez, enfatizou a importância da região no projeto nacional de inovação. “Campinas tem uma potência instalada extraordinária e reúne condições únicas para contribuir com a autonomia tecnológica do País, apoiando desde a digitalização da indústria até um forte complexo econômico-industrial da saúde”, disse.
Encontro com os reitores da Unicamp
Antes do encontro Ciência & Tecnologia para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, a ministra Luciana Santos se reuniu com o reitor Paulo César Montanheiro, pró-reitores e dirigentes da universidade, em um encontro na Reitoria da Unicamp voltado ao fortalecimento da cooperação entre o MCTI e a instituição. A reunião tratou de parcerias em inovação, sustentabilidade, transferência de tecnologia e da consolidação de hubs universitários que integrem ciência, empresas e políticas públicas.
A ministra destacou que a aproximação entre universidades e setor produtivo é estratégica para o País. “O que mais desejamos é exatamente a possibilidade de que as universidades se integrem, através de hubs e parques, à iniciativa privada, e que a inteligência e a riqueza da produção de conhecimento possam se traduzir em produtos e serviços.
Ainda mais quando se trata de sustentabilidade, tema contemporâneo e imperativo para que a gente tenha um mundo melhor. Estamos de portas abertas para ampliar essa cooperação”, finalizou Luciana Santos.
O encontro contou ainda com as presenças das pró-reitoras Mônica Cotta (Graduação), Claudia Morelli (Pós-Graduação) e Ana Fratini (Pesquisa), além do pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Fernando Sarti.