A previsão para a primavera, que começa no Brasil em 22 de setembro e segue até 21 de dezembro, é de possibilidade de chuvas acima da média em pontos do Centro-Oeste, Sudeste e litoral do Nordeste, e abaixo da média em áreas do sul da Região Norte e interior do Nordeste. A informação é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Para os próximos trimestres, a previsão mais recente da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa), é de possibilidade da formação de um episódio de La Niña, com chuvas intensas e temporais. Caso ocorra esse fenômeno, deve ser de curta duração e fraca intensidade.
Segundo o meteorologista operacional do CPTEC, Diogo Arsego, no momento, há neutralidade em relação aos fenômenos El Niño e La Niña. No entanto, há um resfriamento nas águas do Pacífico Equatorial, o que caracteriza o La Niña. “No Brasil, a maior parte dos episódios está associada a precipitações acima da média nas regiões Norte e Nordeste do País e também a períodos de estiagem e chuvas abaixo da média na região Sul”, explica.
O especialista alerta sobre a necessidade de acompanhamento das previsões e o monitoramento de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos, para que sejam providenciadas ações de prevenção.
Caracterizada pelo clima agradável e pela floração em diversas regiões do País, a primavera é a estação do ano entre o inverno e o verão. Ela marca a transição entre a estação seca e a chuvosa na faixa central do País. A estação tem um papel importante para o equilíbrio ambiental: além de colorir a natureza com a sua beleza natural, as chuvas que ocorrem nesse período favorecem a agricultura e colaboram para a recuperação de rios e reservatórios.
Como é feito o monitoramento e a previsão do clima
O Inpe é uma unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e faz o acompanhamento do cenário climático por meio de dados recebidos em redes meteorológicas nacionais e internacionais. Já as previsões são feitas por modelos numéricos desenvolvidos pelo Instituto.
O chefe da Divisão de Previsão de Tempo e Clima (DIPTC), do Inpe, Enver Ramirez, explica que o monitoramento e as previsões na escala de clima passam por sistemas de análise de dados e de extração de informações, protocolos que garantem qualidade dos produtos desenvolvidos, incluindo a utilização de supercomputadores. Com base nos resultados, são desenvolvidos mapas de anomalias, especialmente de precipitação e temperatura, entre outros produtos.
As previsões de clima podem ser feitas em várias escalas espaciais e temporais. O Inpe disponibiliza as previsões na escala subsazonal, onde são apresentados os resultados para as próximas quatro semanas, e as previsões sazonais, que são estimativas para os próximos trimestres.